2 de set. de 2011

Silêncio

"A Voz do Silêncio"

"Pior do que uma voz que cala, é um silêncio que fala!"
Simples, rápido! E quanta força!
Imediatamente me veio a cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis, pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude, depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão. Só ele permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expôem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar:
"Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!"
É o silêncio de um mandando más notícias para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua, o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche, o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock, o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba é aquele que fala. E fala alto.
É quando ninguém bate a nossa porta, não há recados na secretária eletrônica e mesmo assim você entende a mensagem."
Acredito que o "silêncio" é uma personalidade de duas caras. A primeira é aquela que chamamos de "vítima", a segunda denominamos de "verdugo". Chamamos de "vitima", quando numa ânsia intensa de falar, ele é reprimido e contido na garganta. Denominamos de "verdugo", quando é praticamente suplicado a falar e ainda assim, por maldade e gosto, permanece mudo, incógnito e indefinido! 

É.. é realmente difícil saber quando falar ou quando ficar em silêncio é a melhor coisa.
Certas atitudes, são refletidas para o resto de nossas vidas.

Quando Jó ja não tinha mais nada, nem mesmo a sua saúde, seu amigos se achegaram à ele e simplesmente ficaram do seu lado sete dias e sete noite em silêncio, compartilhando a sua dor. E naquele momento era a melhor coisa que ele poderiam fazer.  Na semana retrasada, quando fui ao setos de "cuidados paliativos", a melhor coisa que eu poderia ter feito e fiz, foi o silêncio. Pois, o que dizer à uma pessoa que só aguarda ali a visita mais indesejada de todas, a morte? O que dizer à uma pessoa que lutou durante tooda a sua vida para ajudar os outros, e em seus últimos momentos , não pôde fazer nada por si? Exatamente, não há o que falar... a única coisa que fiz, foi segurar em sua mão, dizer que a amava muito, e que aquela era a hora de ela descansar... deixar este mundo de sofrimento e dor, de angústias e desilusões, pois ela já havia lutado durante taanto tempo contra uma das doenças mais temidas por todos... Não foi fácil dizer à uma pessoa que amo, pra que ela se entregasse que aquele seria o momento de se encontrar com Deus, muitas vezes o silêncio é a melhor coisa, mas outras, a verdade, mesmo que dura e cruel, deve ser dita, pois é a realidade. =/

Pois é, é difícil saber quando devemos falar e quando devemos nos calar. O que deve ser feito? Pedir sabedoria à Deus, pois Ele nos dá aquilo que pedimos!
Desejo que Deus ilumine a tua vida e te dê sabedoria para que saiba agir em toodas a situações! 

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